"And those who were seen dancing..."
“...were thought to be insane by those who could not hear the music.” - Friedrich Nietzsche
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“...were thought to be insane by those who could not hear the music.” - Friedrich Nietzsche
"If I told you about her, what would I say? That they lived happily ever after? I believe they did. That they were in love? That they remained in love? I'm sure that's true. But when I think of her - of Elisa - the only thing that comes to mind is a poem, whispered by someone in love, hundreds of years ago: "Unable to perceive the shape of You, I find You all around me. Your presence fills my eyes with Your love, It humbles my heart, For You are everywhere."
Tinha aqui este texto por escrever desde que fui ver o filme há três semanas. Entretanto ganhou o Óscar de melhor filme e melhor realização, pelo que ganha agora outra dimensão e outro peso. Este não é um filme consensual e eu, que gosto de fantasia e ficção científica, dei por mim a ir vê-lo em primeiro lugar por ter sido realizado pelo talentoso Guillermo Del Toro. Não me arrependi.
Para quem ainda não viu, a história passa-se nos anos 60, período conturbado da história americana, num laboratório de experiências ultra-secreto, propriedade do governo americano. Elisa, personagem principal e papel desempenhado por Sally Hawkins, é uma das muitas empregadas de limpeza do laboratório e leva uma vida rotineira e até aborrecida quando conhece uma criatura fantástica aprisionada no edifício pelo terrível Coronel Richard Strickland, um papel de arrepiar desempenhado pelo incrível Michael Shannon.
De destacar também os brilhantes desempenhos da Octavia Spencer (surprise, surprise, a mulher é boa em tudo o que faz) e Richard Jenkins, os sidekicks maravilhosos da Elisa.
Sem querer revelar mais para não vos estragar a supresa, digo-vos que é um filme muito bonito e enternecedor. A mistura perfeita de poesia, romance e um quê de excentricidade, como o realizador tão bem sabe fazer.
Como sabem os meus amigos e as almas caridosas que me lêem, sou uma fã incondicional da Netflix. É um caso que o Mort do Madagascar descreveria como: "eu já gostava dele antes de o conhecer!".
Therefore, "consumo" sempre que posso e gosto de partilhar as coisas boas que andei a ver. E em 2017 vi e revi muita coisa boa:
- Comédia -
Este ano revi o Friends do início ao fim e foi sem dúvida tempo muitissímo bem gasto. Tanto das sitcoms atuais foi inspirado nos 6 amigos mais cool/funny de Nova Iorque e arredores. Se não viram, por favor vejam. Vai valer a pena. Mesmo.
- Drama -
(2 temporadas)
A terceira temporada do Outlander ainda não está disponível na Netflix por isso fui-me entretendo com as duas primeiras. Como já tive oportunidade de descrever aqui, esta série baseia-se nos livros escrito pela Diana Gabaldon e é ideal para quem gosta de ficção histórica, personagens memoráveis e um pouquinho de magia. Podem começar como eu e ler os livros primeiro ou comecem pela série e ficarão mortinhos para ler os livros.
(5 temporadas)
Eu já tinha visto alguns episódios soltos desta série e não lhe soube dar o devido valor. Este ano "peguei" nela novamente e não consegui parar até chegar ao final da 5ª temporada. Passa-se no zona empobrecida do East End de Londres durante os anos 50 e acompanha uma parteira recém-formada e as colegas num convento de enfermeiras. Eu não vos vou conseguir explicar o quão bem feita e absolutamente cativante é esta série. Mas digo-vos que, se como eu se sentem orfãos de Downtown Abbey, é uma boa série para matar saudades da cultura inglesa. E este ano saem mais duas temporadas!
- Policial -
(1 temporada)
Esta foi mais uma estreia da Netflix em 2017. Conta-nos a história de dois polícias que decidem investigar as motivações dos serial killers no final dos anos 70, contribuindo fortemente para a expansão do entendimento e ciência criminal. Este ano sai nova temporada.
- Ficção científica -
(2 temporadas)
Claro que não podia deixar de ver a segunda temporada de Stranger Things. Felizmente foi tão boa quanto esperava. Para quem não conhece é uma das séries fenómeno da Netflix e é a história de um miúdo que desaparece numa pacata vila onde afinal são realizadas experiências secretas. E mais não digo. A série acerta na mouche no vibe 80s e os miúdos que a protagonizam vão roubar-vos o coração. Depois de terminarem a temporada 2 aconselho-vos a ver o Stranger Things: Behind the scenes, também disponível na Netflix.
(1 temporada)
E agora chegamos à minha favorita de 2017. Dark, uma série alemã que vos vai deixar de estômago apertado e cabeça às voltas. Interpretações, argumento e realização brilhantes. Ultrapassem o facto de ser estranho ouvir falar alemão e preparem-se para uma série "daquelas". Dizem que é a versão alemã do Stranger Things, porque também desaparece um miúdo e também viajamos até aos anos 80 mas Dark é muito mais do que isso. Façam-me o favor e vejam. :)
- Documentários -
Uma das coisas que me faz adorar a Netflix são os documentários. Recomendo-vos abaixo algumas das coisas boas que vi:
Minimalism - A documentary about the important things
Going Clear: Scientology and the prison of belief
- Stand-up Comedy -
Outro ponto forte são os espectáculos de stand-up. Se gostam, deixo-vos alguns por onde começarem:
Aziz Ansari - Live at Madison Square Garden
Hasan Minhaj - Homecoming King
Sarah Silverman - A speck of Dust
E isto é apenas um cheirinho do que ando a ver. Hope you like it!
Se têm recomendações a fazer, comentem! :)
Straight Outta Compton foi lançado em 2015 e deu imenso que falar. O filme narra a história do grupo de gangsta rap N.W.A, desde a sua formação em 1987, até à quase reunião da banda em 1995. Como personagens principais tem algumas lendas do Hip Hop como Dr. Dre, Ice Cube, Easy-E, MC Ren ou Dj Yella, o filme dá-nos uma perspectiva do surgimento do Hip Hop na California, especificamente em Compton, tendo como pano de fundo a criminalidade e o racismo. Para quem gosta do tema, recomendo também o documentário Hip Hop Revolution, disponível na Netflix. As interpretações são muito boas, com destaque para o filho do Ice Cube que aqui representa o próprio pai.
Not so fun fact: para as gravações, a produção não só teve de negociar com os muitos gangs da zona, como também foi necessário gerir conflitos entre os protagonistas reais da história.
Kubo and the two strings ou Kubo e as Duas Cordas (em português) foi lançado o ano passado e assim que vi o trailer no cinema fiquei a achar que devia ser um grande filme de animação. Não me enganei!
Esta é a história de Kubo, um rapazinho com apenas um olho mais cheio de magia e da sua demanda para conhecer o seu passado e resgatar o seu futuro. Fiquei absolutamente apaixonada pelo 3D stop motion e pela magia da história. Alternando entre momentos de ternura, alguma comédia e muita ação, o filme conta com um elenco bem conhecido do público: Charlize Theron, Ralph Fiennes, Rooney Mara, George Takei, Mathew McConaughey, entre outros. Se gostam de animação, façam o favor de ver.
Deixo-vos aqui o trailer para abrir o apetite. :)
Dois meses depois estou de volta e para tentar compensar o tempo perdido, pensei que seria interessante partilhar algumas das séries que tenho visto nos últimos tempos. Onde? Na Netflix. Where else?
13 Reasons Why
Esta não é propriamente novidade. Deu que falar não apenas entre os amantes da Netflix mas por todo o mundo. Fala-nos da história de alguém que decide suicidar-se mas antes grava em cassete as 13 razões que a levaram a este desfecho trágico. Poderosa, chocante, necessária. Esta série vai dar-vos que fazer.
Dear white people
Dear white people é a sequela do filme com o mesmo nome, lançado em 2014 pelo realizador Justin Simien. É um comentário mordaz e acutilante do racismo nos dias de hoje. É tão extremo em algumas coisas que roça o insólito. Se conseguirem vejam também o filme.
Girl Boss
Girl Boss baseia-se na história de Sophia Amoruso, a miúda que ficou conhecida por lançar a "Nasty Girl", um negócio milionário de roupa vintage, a partir do Ebay, aos 23 anos. Infelizmente a Netflix já anunciou que não haverá uma segunda temporada mas a primeira temporada ainda está disponível e vale pelo desempenho da protagonista - Britt Robertson.
Outsiders:
Apesar do meu caso amoroso com a Netflix ser coisa séria, há escapadinhas que é impossível evitar. Nesta inclui-se a série Taboo com o talentoso Tom Hardy e a amorosa This is us.
Taboo
This is us
E por aí? O que andam a ver? :)
"Goodness is something to be chosen. When a man cannot choose he ceases to be a man."
Baseado na obra de Anthony Burgess, A Clockwork Orange é um clássico cinematográfico realizado por Stanley Kubrick, que só agora conseguir ver. Shame on me! A história passa-se no futuro, onde, como se prevê em todas as distopias, o mundo oscila entre a civilização utópica e o seu lado mais negro e decadente. Alex DeLarge é um sociopata dedicado a infernizar a vida de todos à sua volta, até que vai longe de mais e acaba preso. Miraculosamente, surge um tratamento científico que promete arrancar a maldade do interior de todos nós. Em apenas 15 dias, um assassassino é reformado e reintegrado na sociedade. Como? Através de métodos científicos questionáveis que no fundo não o tornam melhor, mas apenas incapaz de fazer o mal, de escolher entre uma coisa e outra.
É um filme brutalmente impactante. Destaque para a banda sonora que desempenha aqui um papel principal. Se não viram, façam como eu, ainda vão muito a tempo. ;)
Mal posso esperar para começar a ver isto! Parece-te uma adaptação tão bom que só acredito quando vir. :)
"It’s not really a measure of mental health to be well adjusted in a society that is very sick."
The OA, uma das grandes novidades da Netflix, primeiro estranha-se, depois entranha-se. Começamos sem qualquer noção do que se trata. Alguém que aparentemente foi raptado regressa..muitos anos depois. Incrivelmente perturbada, mas parece querer regressar ao cativeiro. Não pelo raptor, mas pelos outros que lá deixou. Mas quem são esses outros? Onde é que ela esteve? Porque não quer falar sobre o assunto? Não é daquelas séries que seja amor à primeira vista, mas quando nos começam a narrar a história, deixamo-nos levar para um mundo mágico e inexplicável, tentando perceber a fundo quais são as regras. Porque The OA? Têm de ver para descobrir. ;)
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