Como sabem os meus amigos e as almas caridosas que me lêem, sou uma fã incondicional da Netflix. É um caso que o Mort do Madagascar descreveria como: "eu já gostava dele antes de o conhecer!".
Therefore, "consumo" sempre que posso e gosto de partilhar as coisas boas que andei a ver. E em 2017 vi e revi muita coisa boa:
Este ano revi o Friends do início ao fim e foi sem dúvida tempo muitissímo bem gasto. Tanto das sitcoms atuais foi inspirado nos 6 amigos mais cool/funny de Nova Iorque e arredores. Se não viram, por favor vejam. Vai valer a pena. Mesmo.
A terceira temporada do Outlander ainda não está disponível na Netflix por isso fui-me entretendo com as duas primeiras. Como já tive oportunidade de descrever aqui, esta série baseia-se nos livros escrito pela Diana Gabaldon e é ideal para quem gosta de ficção histórica, personagens memoráveis e um pouquinho de magia. Podem começar como eu e ler os livros primeiro ou comecem pela série e ficarão mortinhos para ler os livros.
Eu já tinha visto alguns episódios soltos desta série e não lhe soube dar o devido valor. Este ano "peguei" nela novamente e não consegui parar até chegar ao final da 5ª temporada. Passa-se no zona empobrecida do East End de Londres durante os anos 50 e acompanha uma parteira recém-formada e as colegas num convento de enfermeiras. Eu não vos vou conseguir explicar o quão bem feita e absolutamente cativante é esta série. Mas digo-vos que, se como eu se sentem orfãos de Downtown Abbey, é uma boa série para matar saudades da cultura inglesa. E este ano saem mais duas temporadas!
Esta foi mais uma estreia da Netflix em 2017. Conta-nos a história de dois polícias que decidem investigar as motivações dos serial killers no final dos anos 70, contribuindo fortemente para a expansão do entendimento e ciência criminal. Este ano sai nova temporada.
Claro que não podia deixar de ver a segunda temporada de Stranger Things. Felizmente foi tão boa quanto esperava. Para quem não conhece é uma das séries fenómeno da Netflix e é a história de um miúdo que desaparece numa pacata vila onde afinal são realizadas experiências secretas. E mais não digo. A série acerta na mouche no vibe 80s e os miúdos que a protagonizam vão roubar-vos o coração. Depois de terminarem a temporada 2 aconselho-vos a ver o Stranger Things: Behind the scenes, também disponível na Netflix.
E agora chegamos à minha favorita de 2017. Dark, uma série alemã que vos vai deixar de estômago apertado e cabeça às voltas. Interpretações, argumento e realização brilhantes. Ultrapassem o facto de ser estranho ouvir falar alemão e preparem-se para uma série "daquelas". Dizem que é a versão alemã do Stranger Things, porque também desaparece um miúdo e também viajamos até aos anos 80 mas Dark é muito mais do que isso. Façam-me o favor e vejam. :)
- Documentários -
Uma das coisas que me faz adorar a Netflix são os documentários. Recomendo-vos abaixo algumas das coisas boas que vi:
Dois meses depois estou de volta e para tentar compensar o tempo perdido, pensei que seria interessante partilhar algumas das séries que tenho visto nos últimos tempos. Onde? Na Netflix. Where else?
13 Reasons Why
Esta não é propriamente novidade. Deu que falar não apenas entre os amantes da Netflix mas por todo o mundo. Fala-nos da história de alguém que decide suicidar-se mas antes grava em cassete as 13 razões que a levaram a este desfecho trágico. Poderosa, chocante, necessária. Esta série vai dar-vos que fazer.
Dear white people
Dear white people é a sequela do filme com o mesmo nome, lançado em 2014 pelo realizador Justin Simien. É um comentário mordaz e acutilante do racismo nos dias de hoje. É tão extremo em algumas coisas que roça o insólito. Se conseguirem vejam também o filme.
Girl Boss
Girl Boss baseia-se na história de Sophia Amoruso, a miúda que ficou conhecida por lançar a "Nasty Girl", um negócio milionário de roupa vintage, a partir do Ebay, aos 23 anos. Infelizmente a Netflix já anunciou que não haverá uma segunda temporada mas a primeira temporada ainda está disponível e vale pelo desempenho da protagonista - Britt Robertson.
Outsiders:
Apesar do meu caso amoroso com a Netflix ser coisa séria, há escapadinhas que é impossível evitar. Nesta inclui-se a série Taboo com o talentoso Tom Hardy e a amorosa This is us.
"It’s not really a measure of mental health to be well adjusted in a society that is very sick."
The OA, uma das grandes novidades da Netflix, primeiro estranha-se, depois entranha-se. Começamos sem qualquer noção do que se trata. Alguém que aparentemente foi raptado regressa..muitos anos depois. Incrivelmente perturbada, mas parece querer regressar ao cativeiro. Não pelo raptor, mas pelos outros que lá deixou. Mas quem são esses outros? Onde é que ela esteve? Porque não quer falar sobre o assunto? Não é daquelas séries que seja amor à primeira vista, mas quando nos começam a narrar a história, deixamo-nos levar para um mundo mágico e inexplicável, tentando perceber a fundo quais são as regras. Porque The OA? Têm de ver para descobrir. ;)
"If you don't learn constantly, you don't grow, and you will wither. Too many people wither on the vine. Sure, it gets a little harder as you get older, but new experiences and new challenges keep it fresh."
Que senhora e que exemplo incrível. Iris Apfel. Se não conhecem, não percam tempo. :)
“It wasn’t a logical reality, it was another dimension. I’d lost the ability to retain information
so I wanted to record this new and terrifying place I’d found myself in.“
Um documentário incrível, a história de Lotje Sodderland, por quem vão ficar apaixonados, uma rapariga de 34 anos que sofre um AVC. Parece deprimente? Podia ser, mas não é. Porque a Lotje é especial e decide explorar este nova realidade e os seus novos olhos de ver o mundo, de uma forma incrivelmente corajosa e criativa.
Deixo-vos com uma frase do David Lynch que me marcou tanto quanto a ela:
"Within your own self there is a treasury…an ocean of pure bliss, consciousness, intelligence, creativity, love, happiness, energy and peace. Within every human being. Experience that and you will begin to know yourself, which is unbounded, eternal totality."
"Within your own self there is a treasury…an ocean of pure bliss, consciousness, intelligence, creativity, love, happiness, energy and peace. Within every human being. Experience that and you will begin to know yourself, which is unbounded, eternal totality."David Lynch
Stranger Things é a mais recente série original da Netflix e está tão bem feita que nos primeiros minutos achei que tinham realmente ido repescar uma série dos anos 80. Imaginem uma mistura fantástica do E.T, Goonies, Twin Peaks e outras séries do género. Agora juntem-lhe um grupo de miúdos absolutamente fantástico, com cenas de terror, fantasia e uma saudável dose de ficção científica à mistura e têm um êxito de audiências que me deixou a querer mais. Muito mais.