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the book keeper

14
Fev18

The Steve Jobs Way: iLeadership for a New Generation

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 "Brilliant product developers are driven by a desire for change, for things and experiences that are different, better, and special. Product developers like Steve Jobs have imagination that enables them to envision those new products or new ways of living. Then they ask Why not?" Jay Elliot

 

A próposito de liderança fui dar com este livro, sobre um dos líderes que mais me inspira. Polémico e controverso, para mim Steve Jobs foi acima de tudo genial e incrivelmente inspirador. Mais do que uma análise ao profissional, este é um livro sobre o líder e sobre o papel que a liderança desempenha ao longo de todo o processo, nomeadamente quando falamos de alguém como Steve Jobs. A quem se interessa pelo tema, são destacados aqui vários pontos válidos e perfeitamente aplicáveis a diferentes realidades que vos vão fazer repensar e redefinir algumas coisas do vosso dia-a-dia. 

No que me toca, não descobri nada de novo mas serviu para refrescar a memória e matar saudades daquele que foi um dos seres humanos mais brilhantes dos nossos tempos. Sei que falo por mim e por tantos outros Apple fans quando digo: You are deeply missed, Steve. 

 

 

 

12
Fev18

Também os brancos sabem dançar

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"Ninguém me pediu para virar missionário e enfrentar o mundo, como um Hélder,

a espalhar o evangelho do kuduro."

 

Depois de ter lido o primeiro livro de crónicas - O Angolano Que Comprou Lisboa (por metade do preço) - de Kalaf Epalanga, mais conhecido por integrar a banda Buraka Som Sistema, fiquei muito ansiosa por ler um romance da sua autoria. É que a escrita do Kalaf é "de se comer à colher", perdoem-me a expressão, mas é o mais próximo daquilo que sinto à medida que viro lentamente cada página. Algures entre a prosa e a poesia, cheia de cheiros, texturas e pequenos detalhes, a sua escrita faz-me apetecer ficar por ali e demorar-me um pouco mais. Esta nova obra, um trabalho de auto-ficção, leva-nos pela história do kuduro, da kizomba e de tantos outros géneros musicais sobre os quais confirmamos agora não saber mesmo nada. É absolutamente impressionante o conhecimento musical do autor que nos chega nas palavras de 3 personagens completamente diferentes e, no entanto, inequivocamente ligadas entre sí: o próprio, a mais bela bailarina de kizomba e um policia nórdico cheio de questões existenciais. Quanto saímos do registo biográfico, a coisa torna-se realmente interessante, embora nem sempre natural.

 

 Apesar de achar que às vezes o autor se perde nesta viagem pela história musical através de um discurso demasiado didáctico, este é um romance que recomendo vivamente. Fico no entanto curiosa para ler algo que fuja completamente às suas temáticas e realidade habituais. 

 

05
Jan18

O Sonho Mais Doce

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"Os seus retratos das relações humanas são de uma beleza estonteante.

Seria difícil descrever o esplendor deste livro." The Times

 

Publicado em 2001, O Sonho mais doce, escrito pela vencedora do Prémio Nobel da Literatura 2007, Doris Lessing, é a história de uma saga familiar através da qual acompanhamos três gerações, centrando-se sobretudo na década de 60. Acima de tudo, é a história de três mulheres com M grande: Júlia - uma alemã praticamente exilada em Inglaterra, pós Primeira Guerra Mundial; Frances - a mãe de todos e Sylvia - uma jovem frágil que descobre o amor e a amargura num aldeia esquecida por Deus, em África. As três mulheres têm as suas raízes no casarão que serve de albergue a uma grande quantidade de jovens modernos e auto-emancipados, numa altura de proclamação de liberdade, igualdade e fraternidade, assente no fervor comunista que se vivia então.

 

Abordando temas característicos de várias épocas como a guerra fria, a guerra do Vietname, as drogas, o surgimento da SIDA em África, o apogeu e queda do Comunismo, esta é uma narrativa que se centra sobretudo no idealismo e no ser humano, explorando a forma como ambos se relacionam ao longo da vida, e nas relações humanas, familiares e não só. Gostei bastante e recomendo.

 

P.S: Fez-me também recordar o Cem Anos de Solidão de Gabriel Garcia Márquez, o que só pode ser um bom indício, não acham?

 

 

02
Jan18

2017 Reading Challenge

Depois de muito tempo em off-mode regresso em 2018 com a intenção de levar este ano até ao fim no que toca a review de livros, dado que em 2017 acabei por me afastar, fruto do excesso de trabalho e, para ser verdadeira, da minha incapacidade para vencer a preguiça nos momentos de ócio. 

 

Não podia no entanto deixar de fazer um balanço relativo ao Book Reading Challenge que defini para mim no Goodreads, no ano que passou. Tinha traçado a meta de 40 livros, consegui terminar 37 e li muita coisa boa da qual vou partilhar convosco os meus favoritos:

 

Saga Outlander

 

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Em 2017 descobri e apaixonei-me perdidamente pela história escrita pela Diana Gabaldon, uma saga de viagens no tempo que coloca uma moderna enfermeira de 1968 a viver a revolta dos escoceses em 1743.

Não tenho palavras suficientes para descrever o quanto fiquei viciada neste enredo e nas suas personagens, resta dizer que li os 5 volumes já disponíveis em português. Se gostam de fição histórica, personagens inesquecíveis e um quê de magia, não percam tempo. A adaptação televisiva é também das melhores que já vi.

 

P.S: Não se deixem desmotivar pelas capas das edições portuguesas. São feínhas que doem.

 

Tuesdays with Morrie

 

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Este é outro que desmotiva só de olhar para a capa, mas o tema e as infinitas aparições em Must-read lists levaram a melhor e ainda bem. Resumidamente, trata-se de uma memória biográfica dos últimos momentos do autor Mitch Albom com o seu professor e mentor Morrie Schwartz. Este best-seller, que já está entre os meus livros favoritos de sempre, conta-nos o reencontro destas duas pessoas, dezasseis anos depois, quando Albom descobre que Morrie sofre de Esclerose Lateral Amiotrófica e tem pouco tempo de vida. Juntos decidem levar a cabo um último ensaio, onde abordarão as questões fundamentais da vida como a morte, o amor, a família, o sucesso, o dinheiro, entre tantas outras. Este é o livro que vão ter vontade de oferecer às vossas pessoas favoritas. Review completa aqui.  

 

A Man Called Ove

 

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Este divide opiniões, bem sei. Contudo, figura já na lista dos meus favoritos e mais recomendados. É a história de um velhote que perdeu a sua cara-metade e que por isso decide que não tem mais razões para viver. Ou pelo menos é o que ele acha porque a vida troca-lhe as voltas e põe no seu caminho uma família muito especial e um gato muito teimoso. A história é absolutamente ternurenta, particularmente na forma como nos conta o romance entre Ove e a sua mulher. Review completa aqui

P.S: Ainda me falta ver o filme, mas consta que também é bom! :)

 

Wonder

 

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Outro muito mencionado em blogs e listas de leitura e que tive oportunidade de ler em 2017 foi o Wonder. Um livro incrível que nos faz oscilar entre a lágrima e a gargalhada fácil. Uma das minhas resoluções para este ano foi diretamente retirada do discurso do director da escola, o fabuloso Mr. Tushman: "Shall we make a new rule of life...always try to be a little bit kinder than is necessary?" que por sua vez é retirada também do livro The Little White Bird escrito por J.M. Barrie. Esta citação diz tudo acerca deste livro onde nos é contada a história de um menino que nasceu com uma grave paralesia facial mas que at the end of the day é só um miúdo como todos os outros. Especial à sua maneira. Estou muito ansiosa para ver o filme. 

 

O Livro da Alegria

 

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O Livro da Alegria relata-nos a história de uma semana passada entre os amigos Dalai Lama e Desmond Tutu, dois dos mais importantes líderes religiosos e porta-vozes da paz a nível mundial. Surpreende-nos a tantos níveis e faz-nos reflectir sobre a Alegria, tantas vezes menosprezada face à popular Felicidade. É um livro que quero reler ao longo da vida.

 

Maus: a história de um sobrevivente

 

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Este era outro que já queria ler há imenso tempo e este ano resolvi não deixar passar. Maus é o relato em banda desenhada da sobrevivência do pai do autor, Art Spiegelman, às atrocidades cometidas contra os judeus durante a 2ª Guerra Mundial. Se se interessam pelo tema e já leram/viram muita coisa relacionada, como é o meu caso, preparem-se para se supreenderem e descobrirem uma nova dimensão.

 

A Força do Hábito: perceber e corrigir

os hábitos na vida e no emprego

 

A Força do Hábito

 

Para finalizar a lista de favoritos, deixo-vos este Poder do Hábito, escrito pelo Charles Duhigg. Parece um livro de auto-ajuda e de certa forma até é, mas na verdade é muito mais do que isso. O Poder do Hábito tem como objetivo fazer o leitor entender como o nosso cérebro funciona com base em hábitos formados e automáticos que na realidade constituem grande parte da atividade que julgávamos ser intencional. Os hábitos são abordados ao nível do indíviduo, das organizações/marcas e das sociedades/movimentos cívicos. Baseado num elevado número de estudos científicos e casos reconhecidos, esta é uma leitura altamente estimulante que vai certamente dar-vos que pensar. 

 

Estes foram os favoritos mas abaixo deixo-vos também a lista dos outros que li e que, de uma forma geral, gostei:

- The Fountainhead, Ayn Rand - review aqui.

- The Handmaid's Tale, Margaret Atwood - review aqui

- Answer me, Susanna Tamaro

- Whatever you think, think the opposite, Paul Arden

- Still life, Louise Penny

- O Angolano que comprou Lisboa (por metade do preço), Kalaf Epalanga

- The Underground Railroad, Colson Whitehead

- Siddartha, Hermann Hesse

- Cada palavra é uma semente, Susanna Tamaro

- O Jogo do Acaso, Penny Vincenzi

- Eleanor & Park, Rainbow Rowell - review aqui.

- We are all completely beside ourselves, Karen Joy Fowler

- A beleza das coisas fragéis, Taiye Selasi

- Gone Girl, Gillian Flynn - review aqui

- A Amiga Genial, Elena Ferrante - review aqui.

- Go Set a Watchman, Harper Lee

- The Course of Love, Alain de Botton - review aqui.

- The Little Book of Hygge: The Danish Way to Live Well, Meik Wiking

- Ouve a Canção do Vento, Haruki Murakami

- Nem todas as baleias voam, Afonso Cruz - review aqui.

- O Labirinto dos Espíritos, Carlos Ruiz Zafón - review aqui

- Ecos Invisíveis, Tony Sandoval e Grazia La Padula

- About Grace, Anthony Doerr

- Pluto: A Wonder Story, R.J.Palacio - review aqui

- NW, Zadie Smith

 

E vocês? Quais foram os vossos favoritos de 2017? Já têm muitos na mira para 2018?

 

P.S: Se andam pelo Goodreads a partilhar coisas boas, please add me!! 

28
Ago17

A alegria

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"Descobrir mais alegria não nos salva da inevitabilidade das dificuldades e dos desgosto. De facto, poderemos chorar com maior facilidade, mas riremos também mais facilmente. Talvez fiquemos mais vivos. Porém, à medida que descobrimos mais alegria, conseguimos enfrentar o sofrimento de uma forma que enobrece em vez de amargurar. Experimentamos a dureza das coisas sem nos tornarmos duros. Quebra-se-nos o coração sem ficarmos quebrados."

 

Arcebispo Desmond Tutu

10
Jul17

The Fountainhead

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Considerado a obra prima da escritora Ayn Rand, The Fountainhead foi publicado 1943, após ter sido recusado por sete editoras e já foi vendido milhões de vezes no mundo inteiro. Esta é uma obra sobre o individualismo, não no sentido distorcido que a sociedade lhe tem dado, mas o individualismo utópico, o melhor do homem que origina o melhor nos seus semelhantes, na sociedade e na vida.

 

O protagonista da história é Howard Roark, um jovem arquitecto que não verga, não se submente, não pode ser domado, se isso significar comprometer a integridade do seu trabalho e das suas crenças. Homem à frente do seu tempo, Howard era moderno quando ser-se moderno era ser-se repudiado pelos seus pares e pela sociedade. Fez-me lembrar um bocadinho a postura dos japoneses em relação à escrita do Murakami.

 

Este é livro é uma crítica forte ao conformismo que nos obriga a comprometer aquilo em que verdadeiramente acreditamos. Howard Roark e Peter Keating são os opostos usados para demonstrar a teoria.

 

Não é uma leitura fácil mas não tenho mínima dúvida de que valeu a pena.  

 

14
Abr17

Gone Girl

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“There's a difference between really loving someone and loving the idea of her.”

 

Aqui está outro caso tardio. Lembro-me que houve muito falatório à volta do filme, mas como queria ler o livro primeiro acabei por não ir vê-lo ao cinema. Ficou esquecido, até à semana passada. A partir daí foi devorar página atrás de página desta história incrívelmente arrepiante, escrita pela Gillian Flynn.

Para quem como eu, permanece na ignorância, esta é a história do casal ideal: Nick e Amy Dunne. Dois jovens que se apaixonam arrebatadoramente em Nova Iorque. Vivem uma vida de sonho até que, com a crise imobiliária, perdem o emprego e se mudam para a terra natal de Nick, Carthage, no Missouri. A ação começa no dia em que fazem cinco anos de casamento. Amy desaparece, a casa parece ter sido assaltada, há indícios de violência. Todas as pistas apontam para o suspeito do costume. Conseguem adivinhar quem?

Não vou revelar mais nada porque não quero fazer spoilers. Quem já leu, o que achou?

 

12
Abr17

“love is a skill, not just an enthusiasm.”

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Pattern: Ashley Hastings

 

“Marriage: a hopeful, generous, infinitely kind gamble taken by two people who don’t know yet who they are or who the other might be, binding themselves to a future they cannot conceive of and have carefully omitted to investigate.”

 

Alain de Botton é um escritor suiço que ficou conhecido por aplicar ideias filosóficas ao quotidiano. Esta prática consolidou-se nos vários livros que tem escrito ao longo dos anos e também na criação da School of Life, uma escola dedicada a criar uma nova forma de educação, com o objetivo de trabalhar e desenvolver a inteligência emocional. Se não conhecem, visitem o site e preparem-se para ser agradavelmente surpreendidos.

 

The Course of Love é o primeiro livro que li deste autor e desconfio que não será o último. Como indica o título, o tema principal é o amor, mais especificamente, o desenrolar das relações românticas ou amorosas. Nele somos apresentados a um casal e enquanto ouvimos a sua história, o autor faz diversas pausas para racionalizar e interpretar ambos os lados da questão. A questão central é a ideia romântica, o passar dos casamentos arranjados para o ideal romântico e todas as suas premissas. Podia ser aborrecido, mas não é. O autor esforça-se por nos dar diferentes perspectivas e também por destacar a pressão que a nossa sociedade e também as nossas expectativas e personalidades exercem nas relações amorosas. Em última instância é sobre a dificuldade de ter uma relação longa, com alguém que não nós próprios ou os nossos pais. 

 

Se este tema vos interessa, o Alain de Botton é o vosso go-to. Garanto que vai pelo menos por-vos a pensar. 

 

 

10
Abr17

A Man Called Ove

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Illustration: campsis

 

“And time is a curious thing. Most of us only live for the time that lies right ahead of us. A few days, weeks, years. One of the most painful moments in a person's life probably comes with the insight that an age has been reached when there is more to look back on than ahead. And when time no longer lies ahead of one, other things have to be lived for. memories, perhaps.”

 

Eu nem sei por onde começar com este livro. É sempre assim com livros que me emocionam profundamente. 

A Man Called Ove, é sobre um velhote que perdeu a sua cara-metade e que por isso decide que não tem mais razões para viver. Ou pelo menos é o que ele acha porque a vida troca-lhe as voltas e põe no seu caminho uma família muito especial e um gato muito teimoso. A história é absolutamente ternurenta, particularmente na forma como nos conta o romance entre Ove e a sua mulher. Como é que duas pessoas tão diferentes podem completar-se, puxando pelo melhor de cada uma? É um livro que dá que pensar nas coisas importantes da vida. E o Ove era um homem de coisas realmente importantes, de valores e de princípios. O Ove roubou o meu coração e tenho a certeza que será capaz de roubar o vosso. :) Mal posso esperar para ver o filme!

 

A este respeito, aproveito para comentar que mais uma vez os escritores suecos me surpreendem. Nos mais diversos géneros, a literatura sueca tem vindo a posicionar-se no pódio dos meus favoritos.