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the book keeper

07
Set17

Acabadinhos de chegar!

Hoje foi dia de receber as encomendas do Book Depository! Mal posso esperar por pôr os olhos nos newcomers que se seguem:

 

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Este foi recomendação de uma fellow bookworm do coração que me deixou muito entusiasmada. Não consegui resistir e mandei vir o primeiro volume. Aqui fica a sinopse: 


Chief Inspector Armand Gamache of the Sûreté du Québec and his team of investigators are called in to the scene of a suspicious death in a rural village south of Montréal and yet a world away. Jane Neal, a long-time resident of Three Pines, has been found dead in the woods. The locals are certain it's a tragic hunting accident and nothing more but Gamache smells something foul this holiday season…and is soon certain that Jane died at the hands of someone much more sinister than a careless bowhunter.

 

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Por favor não julguem este livro pela capa. Tuesdays with Morrie foi um dos melhores livros que já li, tão bom que resolvi comprar a versão inglesa para reler, visto que desconfio que a tradução em Português do Brasil era um bocadinho manhosa. Deixo-vos aqui a minha review e a sinopse:

 

O diálogo, durante 14 Terças-feiras, entre um velho professor que morre e um seu antigo aluno proporciona-nos a todos uma última e comovente lição sobre as coisas mais simples e mais importantes da vida – e da morte. Um fenómeno editorial em todo o mundo.

 

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Comecei por ler Pluto: A wonder story, um conto que é na realidade uma espécie de prequela deste Wonder.  Fiquei apaixonada pelo Auggie e não resisti. Aqui fica a sinopse:

 

Ten-year-old August Pullman wants to be ordinary. He does ordinary things. He eats ice-cream. He plays on his Xbox. He feels ordinary - inside. But Auggie is far from ordinary. Born with a terrible facial abnormality, he has been home-schooled by his parents his entire life, in an attempt to protect him from the cruelty of the outside world.

 

E vocês, têm resistido ou também andam a comprar coisas novas? :)

 

 

 

10
Jul17

The Fountainhead

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Considerado a obra prima da escritora Ayn Rand, The Fountainhead foi publicado 1943, após ter sido recusado por sete editoras e já foi vendido milhões de vezes no mundo inteiro. Esta é uma obra sobre o individualismo, não no sentido distorcido que a sociedade lhe tem dado, mas o individualismo utópico, o melhor do homem que origina o melhor nos seus semelhantes, na sociedade e na vida.

 

O protagonista da história é Howard Roark, um jovem arquitecto que não verga, não se submente, não pode ser domado, se isso significar comprometer a integridade do seu trabalho e das suas crenças. Homem à frente do seu tempo, Howard era moderno quando ser-se moderno era ser-se repudiado pelos seus pares e pela sociedade. Fez-me lembrar um bocadinho a postura dos japoneses em relação à escrita do Murakami.

 

Este é livro é uma crítica forte ao conformismo que nos obriga a comprometer aquilo em que verdadeiramente acreditamos. Howard Roark e Peter Keating são os opostos usados para demonstrar a teoria.

 

Não é uma leitura fácil mas não tenho mínima dúvida de que valeu a pena.  

 

07
Mar17

Will Grayson, Will Grayson

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Ilustração: Marion Barraud

 

“When things break, it's not the actual breaking that prevents them from getting back together again. It's because a little piece gets lost - the two remaining ends couldn't fit together even if they wanted to. The whole shape has changed.”

 

Will Grayson, Will Grayson, escrito por John Green e David Levithan é uma história divertida e jovem que toca em alguns pontos profundos. A premissa do livro assenta na forma como algumas pessoas surgem nas nossas vidas e exercem nelas uma influência que origina a mudança. Curiosamente, as duas personagens principais têm o mesmo nome e apelido, e é esta semelhança que desencadeia tudo o resto. Mais curioso ainda é o facto dos dois escritores se terem conhecido por um acaso semelhante. 

 

Apesar de homónimos, os dois personagens são profundamente diferentes, cada um a viver os dramas da adolescência, até ao momento em que se conhecem e tudo muda. 

 

É um livro muito ao estilo de John Green e do género Young Adult, que de forma divertida toca em temas fundamentais, sem nunca ser leviano ou roçar o cliché.

 

Não diria que é um grande livro, mas também não o considerei uma perda de tempo. 

 

E vocês, já o leram? O que acharam? 

 

28
Set16

10% Mais Feliz

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Ilustração: Naomi Wilkinson

 

“When you have one foot in the future and the other in the past, you piss on the present.” 

 

10% Happier  ou 10 Mais Feliz parece um daqueles livros da treta de auto-ajuda, embora comece a achar que o problema dos livros de auto-ajuda está em nós e não nos livros. Passo a explicar, não há fórmulas mágicas para a felicidade, o sucesso, para nos tornarmos milionários, mas refletir sobre temas propostos sobre estes livros às vezes é o que nos falta para atingir determinados objetivos. Foi neste sentido que comecei a descobrir o tema sexy do momento: Mindfulness. E o que é isto afinal? Correndo o risco de dar uma definição um tanto ou quanto redutora, consiste basicamente em estar no presente, é dar tanta atenção à cabeça quanto aquela que dedicamos ao corpo, ou pelo menos 10 minutos do nosso dia para pensarmos em nós e na nossa postura na vida e para com os outros. Isto parece difícil para muita gente, inclusive para mim que sempre sofri de multitasking crónico e ansiedade, mas afinal não é um bicho de sete cabeças. “Eu só estou bem onde não estou” é uma coisa que podemos mudar. 

Para entrar melhor neste tema vou voltar ao livro. Dan Harris, o autor, é um conhecido apresentador e jornalista americano. Ambicioso, como se quer um bom americano, fez de tudo um pouco na busca pelo sucesso e levou-se ao limite. Depois de ser correspondente de guerra, foi-lhe diagnosticada uma depressão, da qual nem deu conta e que tratou com ecstasy e cocaína. Começou a ver um psicólogo e recuperou-se. Mas nunca se recuperou da ambição crónica e destrutiva, da voz interior extremamente depreciativa, da autoflagelação psicológica.

Até que um dia, se deparou com a meditação e o budismo. Céptico, como seria de esperar, aborda a questão do ponto de vista jornalístico e surpreende-se. O livro é extremamente divertido, recheado de desabafos cómicos, e leva-nos pelo seu percurso em busca da mindfulness. Eu não era céptica mas sinto que me deu uma grande ajuda a “meter-me” no assunto e a procurar esta consciência do presente. Se são curiosos em relação ao assunto, é um livro que recomendo vivamente, se não são mas sofrem de ansiedade, insónias, depressão, dificuldade de concentração e sentem que querem tomar as rédeas e mudar, este também é o livro indicado para vocês. 

26
Set16

Book Tag: Dias da Semana em Livros

Fui desafiada pela Sandra do Say Hello To My Books a responder a esta tag literária que achei muito gira: sete livros, sete dias da semana, de acordo com os sentimentos que habitualmente associamos a esses dias. 

 

Devo confessar que algumas das categorias são extremamente problemáticas para mim, mas vamos a isto!

 

Domingo - Um livro que não queres que termine ou não querias que terminasse

 

 

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Havia tantos livros que podia encaixar nesta categoria mas para facilitar resolvi escolher o que mais recentemente me deu esta sensação de não querer chegar ao fim. Toda a luz que não podemos ver, escrito por Anthony Doerr, vencedor do Pulitzer Prize, passa-se entre a Primeira e Segunda Guerra e conta a história de uma menina francesa que é cega e um menino orfão alemão, dotado de uma inteligência surpreendente, recrutado pela Juventude Hitleriana. 

Sem entrar em mais pormenores, este foi sem dúvida um dos livros que mais gostei de ler nos últimos tempos, pela temática, pelos personagens que são todos eles fascinantes, pelas maravilhosas descrições, pela ternura e sensibilidade, mas sobretudo pelo apelo constante à descoberta de tudo o que nos rodeia. 

 

Segunda-Feira - Um livro que tens preguiça de começar

 

 

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The Black Swan, escrito por Nassim Nicholas Taleb, não tem qualquer relação com o filme. Na verdade, é um estudo de acontecimentos imprevisíveis e improváveis que faz analogia com o primeiro avistamento de um cisne negro, até então desconhecido, em 1967 na Austrália.

 

Neste livro, o autor explora a impossibilidade de antecipar e prever o futuro e, consequentemente, a necessidade não de estarmos preparados mas de sabermos aceitar e lidar posteriormente com o imprevisível. 

 

Perdoe-me o autor se isto vos parecer aborrecido, porque não é, ainda comecei a lê-lo e estava a gostar mas o facto deste livro me ter sido recomendado numa fase mais ou menos negra da minha vida profissional fez com que o deixasse de lado e lá permanece, abandonado na estante.

 

Terça-Feira - Um livro que leste por obrigação

 

 

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Ora bem, ler por obrigação é coisa que não me sucede com frequência. Eu gosto de ler, toda e qualquer coisa. Li os Maias três vezes e adorei. Por isso, esta coisa de termos de ler determinadas coisas na escola, nunca representou para mim um problema. Com excepção, claro está, da conceituada Aparição. Confesso que foi muito a custo que avancei pelas páginas até chegar ao final. Eu não sei se alguém sentiu o mesmo mas o personagem principal provocou em mim uma repulsa tal que pura e simplesmente não consegui desfrutar da história.

 

Será que se voltasse a lê-lo me sentiria de maneira diferente? 

 

Quarta-Feira - Um livro que deixaste pela metade ou estás a ler no momento

 

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 Neste momento estou a ler o The Year I Met You, da Cecelia Ahern e estou completamente rendida. É a primeira vez que leio alguma coisa dela mas já estou feliz por ter comprado dois, este e o The Marble Collector, também escrito por ela.

 

Nesta história a personagem principal é uma mulher moderna, proativa e inteligente que vive para o trabalho, até ao momento em que é despedida e não sabe o que fazer consigo mesma. De repente, vê-se em casa durante um ano inteiro e é forçada a conhecer-se e aos que a rodeiam, nomeadamente aos vizinhos com quem nunca trocou duas palavras.

 

É um livro intenso, de reflexão pessoal, sobre o eu e as relações humanas. Prometo escrever uma review mais detalhada quando terminar, but so far, so good!

 

Quinta-Feira - Um livro "de quinta", que não recomendas

 

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Primeiro quero só dizer que não gosto deste título dos livros de quinta. Os livros são fruto do trabalho e expressão de alguém e custa-me apelidá-los de livros de quinta. Digamos então livros de que menos gostei ou com os quais não me identifiquei. 

 

Eu gostei tanto do Comer, Orar e Amar que quis ler mais qualquer coisa escrita pela Elizabeth Gilbert. Descobri este Homens e Lagostas, o título parecia-me peculiar o suficiente para ser bom, mas na verdade é um fraco “mais ou menos”. 

 

É a história de uma ilha que vive da pesca de lagosta, na verdade duas ilhas, que disputam esta iguaria e se odeiam, quais Capuletos e Montecchios, com direito a Romeu e Julieta próprios, sob os quais se centra toda a história.

 

E assim dito/escrito até parece giro, mas a montanha acaba por parir um rato e nunca me senti realmente envolvida na história. No entanto, achei a descrição das diferentes fases da vida lagosta, usadas na introdução de cada capítulo, um pormenor absolutamente delicioso. 

 

Sexta-Feira - Um livro que queres que chegue logo (lançamento ou compra)

 

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Toda a luz que não podemos ver encheu-me tanto as medidas que há em mim um desejo forte de que este About Grace faça precisamente a mesma coisa. Este é na verdade o primeiro romance escrito pelo autor e foi considerado com um dos romances mais interessantes e fascinantes dos tempos modernos. 

 

Como ainda não o trouxe para casa, deixo-vos aqui a descrição do Goodreads.

 

Sábado - Um livro que quiseste recomeçar assim que terminou

 

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 Para terminar, deixo-vos com um livro que descobri por acaso e me encheu de coisas boas. 

 

A arte de ouvir o coração à primeira vista pode ser confundido com um livro de auto-ajuda mas, ainda que contenha lições importantes, está longe de descrever uma série de passos obrigatórios para o sucesso e a auto realização. Esta obra escrita por Jan-Philipp Sendker é na verdade uma história maravilhosa sobre aprendermos a prestar atenção àquilo que realmente interessa.

 

Não se deixem enganar com um início que parece ter sido retirado de um romance policial pois à medida que vamos acompanhando Julia na procura do seu pai, a narrativa transforma-se e ganha novos protagonistas, Tin Win e Mi Mi, dois jovens peculiares, que descobrem como não ver ou andar só é um impeditivo para as mentes mais desprovidas da vontade de viver.

 

O livro é composto por pequenos momentos simplesmente maravilhosos e brilhantes, como o momento em que Tin Win descobre que o coração da Mi Mi tem um bater único e inconfundível. Essa é a mais maravilhosa melodia que já ouviu e aquela que ouviria até ao final da vida, mesmo estando a milhares e milhares de quilómetros de distância. Porque a vida só tem sentido com sofrimento e com amor. E tudo o resto flui dessa mesma lição. Maravilhoso.

 

 E é isto. Aproveito para desafiar o Blog à Portuguesa, O Capitão Fantástico e o Quiosque da Joana a fazerem o mesmo. :)

01
Set16

Mr.Penumbra's 24 Hour Bookstore

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"What do you seek in these shelves?"

 

Ora bem, começo por dizer que este livro é fruto do meu love affair com o Book Depository. Se não conhecem e gostam de ler livros em inglês, este site é qualquer coisa. Bons preços e edições maravilhosas. Obrigada pela dica, P. :)

 

Mr.Penumbra's 24 Hour Bookstore é o casamento perfeito entre dois universos que me fascinam: o dos livros e o tecnológico, cruzando o percurso milenar de uma sociedade secreta de livros com a mais recente tecnologia da Google, realidade virtual and so on

 

Nesta pequena livraria, aberta 24 horas, não existem os livros mais populares e comerciais mas uma coleção de livros interdita e inacessível ao comum mortal. É preciso pertencer ao clube. É preciso manter um registo atualizado de todos os aspectos físicos e psicológicos de quem os requista, em todas as requisições. O responsável pela livraria, encarregue do registo, também não pode abrir estes misteriosos volumes, requisitados por estranhos personagens a altas horas da madrugada. 

 

Acontece que o mais recente responsável e personagem principal da obra, é um millennial, um webdesigner desempregado, que resolve promover a loja no Google e criar um modelo virtual da livraria, com um registo online de todas as requisições, descobrindo assim um estranho padrão de acontecimentos que o vai levar na maior aventura da sua vida. 

 

É uma história surpreendente e cativante, que vos fará repensar a relação entre dois formatos aparentemente opostos. 

 

P.S: Se comprarem esta edição que veem na imagem, experimentem olhar para ela no escuro. ;)