Straight Outta Compton foi lançado em 2015 e deu imenso que falar. O filme narra a história do grupo de gangsta rap N.W.A, desde a sua formação em 1987, até à quase reunião da banda em 1995. Como personagens principais tem algumas lendas do Hip Hop como Dr. Dre, Ice Cube, Easy-E, MC Ren ou Dj Yella, o filme dá-nos uma perspectiva do surgimento do Hip Hop na California, especificamente em Compton, tendo como pano de fundo a criminalidade e o racismo. Para quem gosta do tema, recomendo também o documentário Hip Hop Revolution, disponível na Netflix. As interpretações são muito boas, com destaque para o filho do Ice Cube que aqui representa o próprio pai.
Not so fun fact: para as gravações, a produção não só teve de negociar com os muitos gangs da zona, como também foi necessário gerir conflitos entre os protagonistas reais da história.
Considerado a obra prima da escritora Ayn Rand, TheFountainhead foi publicado 1943, após ter sido recusado por sete editoras e já foi vendido milhões de vezes no mundo inteiro. Esta é uma obra sobre o individualismo, não no sentido distorcido que a sociedade lhe tem dado, mas o individualismo utópico, o melhor do homem que origina o melhor nos seus semelhantes, na sociedade e na vida.
O protagonista da história é Howard Roark, um jovem arquitecto que não verga, não se submente, não pode ser domado, se isso significar comprometer a integridade do seu trabalho e das suas crenças. Homem à frente do seu tempo, Howard era moderno quando ser-se moderno era ser-se repudiado pelos seus pares e pela sociedade. Fez-me lembrar um bocadinho a postura dos japoneses em relação à escrita do Murakami.
Este é livro é uma crítica forte ao conformismo que nos obriga a comprometer aquilo em que verdadeiramente acreditamos. Howard Roark e Peter Keating são os opostos usados para demonstrar a teoria.
Não é uma leitura fácil mas não tenho mínima dúvida de que valeu a pena.
Kubo and the two strings ou Kubo e as Duas Cordas (em português) foi lançado o ano passado e assim que vi o trailer no cinema fiquei a achar que devia ser um grande filme de animação. Não me enganei!
Esta é a história de Kubo, um rapazinho com apenas um olho mais cheio de magia e da sua demanda para conhecer o seu passado e resgatar o seu futuro. Fiquei absolutamente apaixonada pelo 3D stop motion e pela magia da história. Alternando entre momentos de ternura, alguma comédia e muita ação, o filme conta com um elenco bem conhecido do público: Charlize Theron, Ralph Fiennes, Rooney Mara, George Takei, Mathew McConaughey, entre outros. Se gostam de animação, façam o favor de ver.
Dois meses depois estou de volta e para tentar compensar o tempo perdido, pensei que seria interessante partilhar algumas das séries que tenho visto nos últimos tempos. Onde? Na Netflix. Where else?
13 Reasons Why
Esta não é propriamente novidade. Deu que falar não apenas entre os amantes da Netflix mas por todo o mundo. Fala-nos da história de alguém que decide suicidar-se mas antes grava em cassete as 13 razões que a levaram a este desfecho trágico. Poderosa, chocante, necessária. Esta série vai dar-vos que fazer.
Dear white people
Dear white people é a sequela do filme com o mesmo nome, lançado em 2014 pelo realizador Justin Simien. É um comentário mordaz e acutilante do racismo nos dias de hoje. É tão extremo em algumas coisas que roça o insólito. Se conseguirem vejam também o filme.
Girl Boss
Girl Boss baseia-se na história de Sophia Amoruso, a miúda que ficou conhecida por lançar a "Nasty Girl", um negócio milionário de roupa vintage, a partir do Ebay, aos 23 anos. Infelizmente a Netflix já anunciou que não haverá uma segunda temporada mas a primeira temporada ainda está disponível e vale pelo desempenho da protagonista - Britt Robertson.
Outsiders:
Apesar do meu caso amoroso com a Netflix ser coisa séria, há escapadinhas que é impossível evitar. Nesta inclui-se a série Taboo com o talentoso Tom Hardy e a amorosa This is us.