"As long as you can still grab a breath, you fight. You breathe. Keep breathing. When there is a storm and you stand in front of a tree, if you look at its branches, you swear it will fall. But if you watch the trunk, you will see its stability." The Revenant
"There are infinite numbers between 0 and 1. There’s .1 and .12 and .112 and an infinite collection of others. Of course, there is a bigger infinite set of numbers between 0 and 2, or between 0 and a million. Some infinities are bigger than other infinities. A writer we used to like taught us that. There are days, many of them, when I resent the size of my unbounded set. I want more numbers than I’m likely to get, and God, I want more numbers for Augustus Waters than he got. But, Gus, my love, I cannot tell you how thankful I am for our little infinity. I wouldn’t trade it for the world. You gave me a forever within the numbered days, and I’m grateful." - The fault in our stars, John Green
“Happy" was a word for sorority girls and clowns, and those were two distinctly fucked-up groups of people.”
Eu já tinha gostado do The Vacationers mas este Modern Lovers convenceu-me. A Emma Straub é absolutamente especialista em:
1. Criar personagens complexas e muito interessantes;
2. Fazer-nos pensar sobre a complexidade das relações humanas e a ausência de zonas totalmente pretas ou totalmente brancas.
Nesta história, o grupo de personagens principais, de diferentes grupos sociais e faixas etárias, cresce e amadurece, enfrentando os dilemas da idade adulta e o que significa realmente crescer e ter uma relação.
Make us wonder. E isso é sempre uma coisa boa. Ainda que às vezes não pareça.
"Até onde podemos esticar o amor? Até à pele do outro ou mais longe? Será possível que atravesse o tempo, o espaço, que voe por cima do deserto jordano e atravesse o Índico e suba o Hindukush e penetre na boca do Vesúvio, será possível que se estenda para lá da vida, que voe pelo cosmos como aqueles cometas solitários que deambulam milhões de anos numa solidão infinita e silenciosa? Talvez seja isso tudo, e mais ainda, talvez seja possível enfiá-lo numa garrafa e atirá-lo ao mar para que navegue até ao destino, que é a espinha do amor, que é o que o faz mover." Nem todas as baleias voam, Afonso Cruz
"A relationship, I think, is like a shark. You know? It has to constantly move forward or it dies.
And I think what we got on our hands is a dead shark."
Se nos livros vou tentando (e às vezes conseguindo) colmatar as lacunas no meu conhecimento, no cinema tenho um trabalho hercúleo a fazer. Há grandes clássicos que nunca vi e a propósito de uma conversa sobre o Woody Allen, um amigo meu, que é absolutamente fã dele, sugeriu-me uns quantos filmes que eu não podia deixar de ver. Comecei pelo clássico Annie Hall e apesar de não ser propriamente fã do Woody, rendi-me a esta "comédia romântica".
O filme conta a história de Alvy Singer (Woody Allen), um advogado judeu divorciado e Annie Hall (Diane Keaton), uma cantora vinda da província. No fundo é sobre as aventuras e desventuras de um casal, nomeadamente os problemas conjugais que vão surgindo, enquanto tentam moldar-se e encontrar um "sítio" confortável não só enquanto casal mas também enquanto pessoas. O filme foi particularmente inovador pela forma como Woody Allen fala diretamente para a camera, dirigindo-se ao espectador, durante as suas sessões de psicoanálise. As discussões entre eles são completamente loucas e ao mesmo tempo assustadoramente próximas e familiares.
Mas o que realmente me conquistou foi o final, mais precisamente a anedota final. Numa única frase, ou historieta, entre as muitas que vai contando ao longo do filme, Woody Allen consegue resumir, de forma absurdamente simples e esclarecedora, o que andamos aqui a fazer e porque nos sujeitamos, derrota após derrota, a esta coisa louca do amor.
"E quando à tua frente se abrirem muitas estradas e não souberes a que hás-de escolher, não metas por uma ao acaso, senta-te e espera. Respira com a mesma profundidade confiante com que respiraste no dia em que vieste ao mundo, e sem deixares que nada te distraia, espera e volta a esperar. Fica quieta, em silêncio, e ouve o teu coração. Quando ele te falar, levanta-te, e vai para onde ele te levar"
Li parte deste livro em miúda e desisti. Não me dizia nada. Acho curioso que o livro seja precisamente sobre isso. Sobre como quando somos mais velhos temos sensibilidade e maturidade para ver e sentir as coisas de maneira diferente.
Uma avó escreve à neta sobre si e a relação entre elas, sobre a sua vida, sobre a perda trágica da filha, sobre o seu grande amor, sobre esta viagem interna e externa que nos modifica ao longo do tempo.
Uma escrita despojada de artifícios, mas plena de intensidade, que me comoveu de forma profunda.
“Sabes qual é o erro que cometemos sempre? Acreditar que a vida é imutável, que, mal escolhemos um carril, temos de o seguir até ao fim. Contudo, o destino tem muito mais imaginação do que nós. Precisamente quando se pensa que se está num beco sem saída, quando se atinge o cúmulo do desespero, com a velocidade de uma rajada de vento tudo muda, tudo se transforma, e de um momento para o outro damos por nós a viver uma nova vida.” - Vai Aonde Te Leva o Coração, Susanna Tamaro