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the book keeper

24
Jan17

There are infinite numbers between 0 and 1

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 Artwork: Andres Gamiochipi

 

"There are infinite numbers between 0 and 1. There’s .1 and .12 and .112 and an infinite collection of others. Of course, there is a bigger infinite set of numbers between 0 and 2, or between 0 and a million. Some infinities are bigger than other infinities. A writer we used to like taught us that. There are days, many of them, when I resent the size of my unbounded set. I want more numbers than I’m likely to get, and God, I want more numbers for Augustus Waters than he got. But, Gus, my love, I cannot tell you how thankful I am for our little infinity. I wouldn’t trade it for the world. You gave me a forever within the numbered days, and I’m grateful." - The fault in our stars, John Green

19
Jan17

Modern Lovers

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Pattern source

 

“Happy" was a word for sorority girls and clowns, and those were two distinctly fucked-up groups of people.” 

 

Eu já tinha gostado do The Vacationers mas este Modern Lovers convenceu-me. A Emma Straub é absolutamente especialista em:

1. Criar personagens complexas e muito interessantes;

2. Fazer-nos pensar sobre a complexidade das relações humanas e a ausência de zonas totalmente pretas ou totalmente brancas. 

 

Nesta história, o grupo de personagens principais, de diferentes grupos sociais e faixas etárias, cresce e amadurece, enfrentando os dilemas da idade adulta e o que significa realmente crescer e ter uma relação. 

 

Make us wonder. E isso é sempre uma coisa boa. Ainda que às vezes não pareça.

10
Jan17

Até onde podemos esticar o amor?

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 Illustration: Sarah Jones

 

"Até onde podemos esticar o amor? Até à pele do outro ou mais longe? Será possível que atravesse o tempo, o espaço, que voe por cima do deserto jordano e atravesse o Índico e suba o Hindukush e penetre na boca do Vesúvio, será possível que se estenda para lá da vida, que voe pelo cosmos como aqueles cometas solitários que deambulam milhões de anos numa solidão infinita e silenciosa? Talvez seja isso tudo, e mais ainda, talvez seja possível enfiá-lo numa garrafa e atirá-lo ao mar para que navegue até ao destino, que é a espinha do amor, que é o que o faz mover." Nem todas as baleias voam, Afonso Cruz

05
Jan17

Annie Hall

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"A relationship, I think, is like a shark. You know? It has to constantly move forward or it dies.

And I think what we got on our hands is a dead shark."

 

Se nos livros vou tentando (e às vezes conseguindo) colmatar as lacunas no meu conhecimento, no cinema tenho um trabalho hercúleo a fazer. Há grandes clássicos que nunca vi e a propósito de uma conversa sobre o Woody Allen, um amigo meu, que é absolutamente fã dele, sugeriu-me uns quantos filmes que eu não podia deixar de ver. Comecei pelo clássico Annie Hall e apesar de não ser propriamente fã do Woody, rendi-me a esta "comédia romântica". 

 

O filme conta a história de Alvy Singer (Woody Allen), um advogado judeu divorciado e Annie Hall (Diane Keaton), uma cantora vinda da província. No fundo é sobre as aventuras e desventuras de um casal, nomeadamente os problemas conjugais que vão surgindo, enquanto tentam moldar-se e encontrar um "sítio" confortável não só enquanto casal mas também enquanto pessoas. O filme foi particularmente inovador pela forma como Woody Allen fala diretamente para a camera, dirigindo-se ao espectador, durante as suas sessões de psicoanálise. As discussões entre eles são completamente loucas e ao mesmo tempo assustadoramente próximas e familiares. 

 

Mas o que realmente me conquistou foi o final, mais precisamente a anedota final. Numa única frase, ou historieta, entre as muitas que vai contando ao longo do filme, Woody Allen consegue resumir, de forma absurdamente simples e esclarecedora, o que andamos aqui a fazer e porque nos sujeitamos, derrota após derrota, a esta coisa louca do amor. 

 

 

 

 

03
Jan17

Vai Aonde Te Leva o Coração

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"E quando à tua frente se abrirem muitas estradas e não souberes a que hás-de escolher, não metas por uma ao acaso, senta-te e espera. Respira com a mesma profundidade confiante com que respiraste no dia em que vieste ao mundo, e sem deixares que nada te distraia, espera e volta a esperar. Fica quieta, em silêncio, e ouve o teu coração. Quando ele te falar, levanta-te, e vai para onde ele te levar"

 

Li parte deste livro em miúda e desisti. Não me dizia nada. Acho curioso que o livro seja precisamente sobre isso. Sobre como quando somos mais velhos temos sensibilidade e maturidade para ver e sentir as coisas de maneira diferente.

 

Uma avó escreve à neta sobre si e a relação entre elas, sobre a sua vida, sobre a perda trágica da filha, sobre o seu grande amor, sobre esta viagem interna e externa que nos modifica ao longo do tempo.

 

Uma escrita despojada de artifícios, mas plena de intensidade, que me comoveu de forma profunda. 

02
Jan17

Novos começos

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Ilustração: Paula Bonet

 

“Sabes qual é o erro que cometemos sempre? Acreditar que a vida é imutável, que, mal escolhemos um carril, temos de o seguir até ao fim. Contudo, o destino tem muito mais imaginação do que nós. Precisamente quando se pensa que se está num beco sem saída, quando se atinge o cúmulo do desespero, com a velocidade de uma rajada de vento tudo muda, tudo se transforma, e de um momento para o outro damos por nós a viver uma nova vida.” - Vai Aonde Te Leva o Coração, Susanna Tamaro